Defesa de Gilberto Gil diz que fala de padre sobre Preta Gil em missa gerou ‘onda de racismo religioso’

  • 15/10/2025
(Foto: Reprodução)
Associação denuncia padre por intolerância religiosa ao citar morte de Preta Gil, na PB A defesa de Gilberto Gil afirmou, na ação movida contra o padre Danilo César, de Areial, no interior da Paraíba, que as declarações do religioso ao associar a morte de Preta Gil com a condenação da prática de outras religiões, durante uma missa, provocaram uma onda de "racismo religioso e intolerância religiosa" na internet. No documento que a Rede Paraíba teve acesso, a defesa de Gilberto Gil e de outros familiares que aparecem como autores de um pedido de indenização de R$ 370 mil, alegam que as falas do padre geraram outros comentários preconceituosos em postagens na internet. Entre outras coisas, Danilo César disse, durante uma missa, "cadê esses orixás que não salvaram Preta Gil?". As postagens colocadas na ação consistem em repercussões do vídeo do padre na missa ou de notícias veiculando a fala em uma plataforma na internet, o Instagram. Nas publicações, é possível perceber comentários de pessoas com cunho intolerante e, muitas vezes, concordando com o que o padre havia falado na homilia. Veja abaixo alguns dos comentários colocados pela defesa. As postagens colocadas na ação consistem em repercussões do vídeo do padre na missa ou de notícias veiculando a fala em uma plataforma na internet, o Instagram Reprodução O processo movido pela família de Preta Gil vai ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, local onde a ação foi protocolada pelo fato dos familiares morarem no estado. A Diocese de Campina Grande também aparece como citada no processo. O g1 entrou em contato com a Diocese de Campina Grande, que informou não ter sido notificada oficialmente do processo e, por isso, não vai comentar o caso por enquanto, mas o setor jurídico "está resolvendo". Padre que debochou de orações de Gilberto Gil para Preta pode ser proibido de rezar missas Ale Frata/Código19 via Estadão Conteúdo/Reprodução/Diocese de Campina Grande Além da alegação de que as falas do padre geraram uma onda de intolerância religiosa, a defesa de Gilberto Gil alegou outros pontos na ação movida, como base argumentativa para o pedido de indenização. Entre eles: A Diocese de Campina Grande, responsável pela paróquia de Areial, na qual o padre atua, teria "referendado" as falas; A família de Preta Gil ofereceu uma chance de retratação extrajudicial, mas o padre não aceitou por não ter respondido; Em depoimento à Polícia Civil, o padre teria confirmado o teor das declarações, dizendo que “estava professando a própria fé”; Os advogados afirmam que as falas ocorreram em um momento de luto pela morte da artista, o que agravou a situação. Quando ouvido pela Polícia Civil, o padre Danilo César negou as acusações. O padre alegou estar proferindo a fé católica e a própria crença para os fiéis, e que além de não ter a intenção de desrespeitar outras religiões e nem atacá-las, não queria desrespeitar a memória de Preta Gil. Quem é o padre denunciado por intolerância religiosa “Cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil?" Padre Danilo César de Sousa Bezerra, de 31 anos, é processado por Gilberto Gil Reprodução/Diocese de Campina Grande/Studio Foto Braga Durante uma missa realizada na cidade de Areial, no interior da Paraíba, no dia 27 de julho, o padre Danilo César fazia uma homilia no chamado 17º Domingo do Tempo Comum, período litúrgico da Igreja Católica. Nessa homilia, o padre falava sobre pedidos que os fiéis faziam para Deus e que, por ventura, não eram atendidos. Nesse contexto, o padre cita a morte da cantora Preta Gil, nos Estados Unidos, vítima de um câncer colorretal, associando a fé dela em religiões de matriz afro-indígenas a morte e sofrimento. “Eu peço saúde, mas não alcanço saúde, é porque Deus sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para você, que a morte é melhor para você. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse durante a homilia. Após citar o caso de Preta Gil, ele fala diretamente aos fiéis que estavam o acompanhando na Igreja de Areial para pararem de procurar essas “coisas ocultas” e que “o diabo os levasse”, se referindo aos católicos que fazem pedidos para entidades de outras religiões. “E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida não pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha”, disse. A Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria, da região de Areial, fez um boletim de ocorrência contra o padre após as falas. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba

FONTE: https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2025/10/15/defesa-de-gilberto-gil-diz-que-fala-de-padre-sobre-preta-gil-em-missa-gerou-onda-de-racismo-religioso.ghtml


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